domingo, 2 de junho de 2013

Distância que aproxima

Tantas vezes me senti culpada em me afastar.
Tantas vezes não desejei ir mas fui, sem poder evitar.
E quando as lágrimas deixaram de travar os meus olhos, me apaixonei. Me apaixonei pelo afastamento.
Descobri que estar distante aproxima.
Ficar longe cessa o barulho dos desentendimentos, das discussões e no silêncio pode-se voltar a amar.
Então, quando distantes, só o que é bom tem a força capaz de não nos deixar esquecer e muito do que nos fez caminhar ficou lá, bem pequenininho, bem insignificante como um vapor que se vai empurrado pelo mínimo sopro da saudade.
Afastar-se, ir, deixar para trás, largar para lá, virar a página ou a mesa, dar um dane-se...mais do que tantas vezes necessário, é um "direito"!
Muito se reprova o abandonar mas deixar para trás o que te consome, mais que um direito, é uma obrigação.
Vire as costas sim, para tudo o que não presta e te angustia.

Ao lixo o que é lixo.
Esta é minha decisão.

6 comentários:

  1. Anne, me identifiquei c o q vc disse. Parabéns pelo texto! Bjos

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    1. Obrigada, Nivia! Venha tomar um café de vez em quando. Bjk.

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  2. Querida Anne artista e amante da vida...
    Todas as vezes que leio algo que tem parceria comigo me sinto menos solitária no mundo. Tão bom saber que temos doces seres humanos!
    E colaborando com seu texto eu digo: quantas vezes me senti culpada por não ter me distanciado. Porque talvez eu tenha perdido a oportunidade de viver algo melhor.
    beijinho Alê

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    1. Temos, querida! Temos doces seres humanos e você também é um deles. Muito obrigada por partilhar seus sentimentos. Abraço carinhoso.

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