sexta-feira, 14 de março de 2014

Eu e o silêncio

Ontem, me peguei rindo de mim. Foi tão engraçado!
Logo depois, chorei. Foi tão triste! Fiquei triste. Patético!
Falei um pouco com Deus e dormi. Pensei estar sozinha. Não!
Estava com o Silêncio. Meu companheiro sem trégua que grita tanto aos ouvidos da minha alma.
Ah, Silêncio, por quê faz assim? E se você chegasse e ficasse em silêncio, Silêncio?
Ou então, já que não pode ser mudo, me diga coisas bonitas ou cante. Cante para mim!
Silêncio, amigo, gosto de você, mas não me traga certas lembranças ou hipóteses. Elas me confundem e me fazem ser o que não sou. 
Mas, vamos conversar sempre, afinal, na maioria das vezes, vêm contigo os anjos bons.
Pode me dar notícias do Silêncio Alheio, Silêncio meu?
Me conte, querido, porque o Alheio me chama e nada diz?
É, pode ser!Também pode estar com medo ou não encontrou as palavras. O silêncio de lá pode estar ferido tanto quanto o de cá.
Silêncio Alheio, me ouve? Sim?
Ah, é verdade! Tem falado. Sou eu quem não soube escutar.
Vamos, Silêncio Meu, eu e você, inseparáveis, expressivos e ininterruptamente cúmplices!
Vamos, Silêncio Meu, aprender o idioma do Alheio!

Nenhum comentário:

Postar um comentário