Como que despencado do 15º andar ou de bem mais Alto, surgiu
para me ensinar coisas que eu não sabia, coisas que eu já sabia, mas havia
esquecido e coisas que eu nem queria. Boa aluna da vida que sou, aprendi.
Aprendi, meu Amor, com você, o quanto o calor de dormir e
acordar abraçada pela minha outra parte é essencial. Eu não sabia. Difícil de
acreditar! Não, eu não sabia.
Reaprendi o quanto preciso de beijos longos, apaixonados,
sempre. Não todos os dias, mas sempre que for possível e quando não for,
também.
Me lembrei do quanto sou importante para mim mesma e do
tanto que quero muito da vida. Meu direito, quero muito, posso e terei.
Obrigada, Amor!
Aprendi o quanto desejo o arrepio que chega com a voz. Nunca
vou esquecer. A voz, ah, a voz!
Também aprendi que interromper pode ser inevitável. Essa é
parte que não queria.
Obrigada, amor! Reacendi, por causa de você, a mulher que
existe em mim. Havia esquecido dela. Linda, forte, destemida, competente em se
defender.
Renasci, Amor, por suas mãos que me conduziram a novos
caminhos e possibilidades, a novos sabores e cheiros, sons e movimentos. Para
muitos, tão simples, para mim, tão novo!
Percebi, Amor, por causa da sua força, que o tempo pode ser
vencido e tenho ainda, pelo menos 25 anos para desafiar o mundo.
Descobri, amor, por causa de você, que não quero caminhar
sozinha como imaginava antes, naquela manhã, quando nos vimos pela primeira
vez.
Entendi, meu amor, que sou grande, minha metade também há de
ser e em minha caminhada não há espaço para desvios por dúvidas, medos ou para
o tormentoso clichê "solidão a dois".
Não há mais, meu Amor querido, meio termo que caiba em mim.
Sua energia de existir me ensinou que é tudo ou nada, tem custo e eu pago!
Sou urgente! Sempre fui, mas dormia. Você me acordou e
mostrou muito do bom de mim. Você despertou minhas memórias mais doces e belas.
Concluí, Amor, que apesar de ser possível tirar muito do
pouco, não quero. Desejo muito, de tudo o que eu puder viver. Quero tudo! Tudo
de mim, tudo de você, tudo de nós dois. Se não, nada.
Aceitei, amor, é possível.
Amei, amo e amarei, sempre, as nossas coisas, poucas,
nossas, velozes. Nossas, minhas, suas, para todas as vidas.
Obrigada, amor! Te amo, amor, para sempre, para você,
"Vê"!
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